A Disfunção Sexual Feminina (DSF) é um problema multifatorial que pode ser influenciado por condições clínicas, psicológicas, inter-relacionais e hormonais. A diminuição da produção de andrógenos, em particular, pode estar relacionada a comportamentos sexuais disfuncionais. Embora o uso de testosterona na terapia de desejo sexual hipoativo seja apoiado pela Endocrine Society e pelo American College of Obstetricians and Gynecologists, ainda não há uma terapia androgênica específica aprovada pela FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) para o tratamento de Disfunção Sexual Feminina (DSF).
A terapia de testosterona transdérmica é a mais estudada para o tratamento da DSF. A evidência com grau de recomendação elevado tem mostrado que o uso de 150 a 300 mcg de testosterona transdérmica, com ou sem terapia estrogênica, melhora o desejo sexual, a satisfação sexual e a frequência de relações sexuais e orgasmos em mulheres com menopausa natural ou cirúrgica. No entanto, a evidência sobre a segurança e eficácia a longo prazo é limitada, uma vez que a maioria dos estudos não ultrapassa seis meses. Embora os adesivos transdérmicos tenham sido os mais estudados na literatura, eles não estão disponíveis no Brasil e a FDA desaprovou o uso continuado dos mesmos por falta de evidência de segurança a longo prazo.
Não existem preparações de gel de testosterona adequadas para mulheres climatéricas aprovadas pela FDA ou agências reguladoras em outros países. O gel de testosterona 1% (Libigel®) foi testado nos EUA, mas não demonstrou melhora na DSF durante a fase 3 de um grande ensaio clínico e foi descontinuado pela FDA. Além disso, as injeções, implantes subcutâneos e géis de testosterona aprovados para o tratamento de hipogonadismo masculino são fortemente desaprovados para uso em mulheres climatéricas, pois há risco significativo de doses suprafisiológicas de testosterona com efeitos adversos, alguns dos quais são irreversíveis.
Uma alternativa é a testosterona manipulada em creme ou gel de alta absorção para uso transdérmico com efeito sistêmico, prescrita em farmácias de manipulação. Embora seja a única forma de testosterona natural disponível para uso transdérmico, a eficácia e os efeitos colaterais de preparações manipuladas não são totalmente antecipados. A testosterona manipulada em gel ou creme pode ser considerada para o tratamento da Disfunção Sexual Feminina (DSF), mas deve-se ter cautela ao prescrevê-la e monitorar seus efeitos e possíveis reações adversas.
As formas de terapia de andrógenos mencionadas acima podem apresentar benefícios no tratamento da disfunção sexual feminina (DSF), porém é importante destacar que o tratamento deve ser individualizado e realizado sob supervisão médica rigorosa, com monitoramento constante dos níveis de testosterona e possíveis efeitos adversos.
Além disso, é necessário realizar uma avaliação completa das condições clínicas e psicológicas da paciente antes de prescrever qualquer terapia de andrógenos para o tratamento da Disfunção Sexual Feminina. É importante considerar outras possíveis causas da disfunção sexual feminina, como condições médicas preexistentes, uso de medicamentos, problemas de relacionamento ou estresse psicológico. Embora haja evidências que suportem o uso de terapia de andrógenos no tratamento da Disfunção Sexual Feminina, é importante lembrar que a terapia deve ser prescrita de forma individualizada e monitorada de perto por um médico especialista. Nesse sentido, o Dr. Rafael Ramalho, endocrinologista e nutrólogo especialista na área, é uma ótima opção para quem busca um acompanhamento personalizado. Seu consultório está localizado no bairro do Itaim Bibi em São Paulo e ele trabalha em conjunto com outros profissionais, como psicólogos e terapeutas sexuais, para alcançar o melhor resultado possível no tratamento da Disfunção Sexual Feminina.
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